Enxerto Ósseo: O que precisa de saber antes de colocar implantes dentários

Enxerto ósseo

Enxerto ósseo

 
 

Nem sempre há osso suficiente para suportar um implante dentário. Quando isso acontece, o enxerto ósseo torna-se essencial para reconstruir a estrutura e garantir que o implante tenha uma base sólida, estável e duradoura. É um procedimento seguro, amplamente utilizado na medicina dentária moderna e que permite devolver-lhe um sorriso fixo e natural, recuperando não apenas a função mastigatória, mas também a confiança e a qualidade de vida.

A perda óssea é uma realidade para muitos pacientes que estiveram sem dentes durante algum tempo. O osso maxilar e mandibular necessitam de estímulo constante através da mastigação para se manterem saudáveis. Quando um dente é perdido, esse estímulo desaparece e o osso começa naturalmente a reabsorver-se — um processo que pode comprometer futuras reabilitações dentárias. Felizmente, com as técnicas modernas de enxertia óssea, é possível reverter esta situação e criar as condições ideais para a colocação de implantes.

O que é o enxerto ósseo?

O enxerto ósseo dentário é uma técnica cirúrgica avançada que visa restaurar a quantidade e qualidade de osso perdida na região onde será colocado o implante dentário. Com o tempo, o osso pode reabsorver-se significativamente devido a diversos fatores: perda dentária prolongada, infeções periodontais graves, traumatismos faciais, ou até mesmo o uso prolongado de próteses removíveis mal adaptadas que exercem pressão inadequada sobre o osso.

O procedimento de enxerto funciona como uma reconstrução da fundação óssea. O material enxertado serve de estrutura para que o próprio organismo produza osso novo através de um processo biológico natural chamado osteogénese. Este novo osso integra-se perfeitamente com o osso existente, criando a base sólida necessária para a fixação de implantes dentários.

Mais do que uma simples técnica cirúrgica, o enxerto ósseo representa a possibilidade de devolver não só a função mastigatória plena, mas também a estética facial e o perfil do rosto. Quando há perda óssea significativa, o rosto pode apresentar um aspeto envelhecido, com afundamento das bochechas e lábios. O enxerto previne e reverte estas alterações, promovendo um resultado harmonioso e natural.

Tipos de Enxerto Ósseo

A escolha do material de enxerto é fundamental para o sucesso do tratamento. Cada tipo apresenta características específicas e indicações próprias. Em Portugal, seguindo os mais elevados padrões internacionais de medicina dentária, os métodos mais utilizados incluem:

  • 1️⃣ Xenoenxertos (origem bovina ou suína): São materiais ósseos de origem animal altamente seguros e estáveis, processados através de técnicas rigorosas de purificação que eliminam completamente qualquer risco biológico ou imunológico. Estes biomateriais mantêm a estrutura porosa natural do osso, permitindo que as células ósseas do paciente colonizem a matriz e formem osso novo. Integram-se gradualmente ao osso natural do paciente através de um processo controlado de osteointegração, promovendo uma regeneração óssea eficaz e duradoura. A sua grande vantagem reside na disponibilidade ilimitada e na eliminação da necessidade de uma segunda cirurgia para recolha de osso do próprio paciente.
  • 2️⃣ Enxertos autólogos (do próprio paciente): Considerados o "padrão ouro" em enxertia óssea, são recolhidos de áreas doadoras como o queixo, mandíbula, crista ilíaca ou outras regiões do próprio corpo do paciente. Por serem completamente biocompatíveis e naturais, contêm células vivas e fatores de crescimento que aceleram a regeneração, oferecendo excelente capacidade de integração. São particularmente indicados para casos mais complexos de reabsorção óssea severa ou quando se pretende uma regeneração óssea em grande escala. A principal desvantagem é a necessidade de uma área cirúrgica adicional para recolha do material, o que pode aumentar o desconforto pós-operatório.
  • 3️⃣ Biomateriais sintéticos (hidroxiapatita ou fosfato de cálcio): Desenvolvidos em laboratório com tecnologia de ponta, estes materiais são produzidos para imitar com precisão a estrutura mineral e a porosidade do osso humano natural. Apresentam uma excelente taxa de osteointegração e osteocondução — ou seja, servem de estrutura para que o osso novo se forme. A grande vantagem é a eliminação de qualquer risco de transmissão de doenças, reações imunológicas ou rejeição. Além disso, estão disponíveis em quantidades ilimitadas e podem ser moldados conforme as necessidades específicas de cada caso clínico. São uma opção cada vez mais popular devido à sua previsibilidade e segurança.

Existe ainda uma quarta categoria — os aloenxertos (osso humano de banco de tecidos) — menos comum em Portugal, mas utilizada em alguns casos específicos. Este material provém de dadores humanos e passa por rigorosos processos de esterilização e controlo de qualidade.

Como é escolhido o tipo de enxerto?

A seleção do tipo de enxerto ideal não é uma decisão padronizada. Cada paciente é único e requer uma avaliação personalizada e criteriosa. O tipo de enxerto depende de múltiplos fatores clínicos: saúde oral geral, idade do paciente, densidade óssea residual, localização do implante, dimensão do defeito ósseo, histórico médico e até preferências pessoais do paciente.

Antes de qualquer procedimento, é realizada uma avaliação minuciosa e abrangente que inclui exames clínicos detalhados, análise do histórico médico e dentário do paciente, e exames complementares de diagnóstico avançados. O exame de eleição é a tomografia computorizada 3D (CBCT — Cone Beam Computed Tomography), uma tecnologia de imagem tridimensional que permite visualizar com precisão milimétrica a estrutura óssea, sua densidade, altura, largura e relação com estruturas anatómicas vitais como nervos e seios maxilares.

Esta análise pormenorizada não só determina se o enxerto é necessário, como também permite ao médico dentista planear virtualmente todo o procedimento, calculando com exatidão a quantidade de material necessário, a técnica cirúrgica mais adequada e o posicionamento ideal dos futuros implantes. Este planeamento digital garante maior segurança, previsibilidade e conforto para o paciente, reduzindo significativamente o tempo cirúrgico e otimizando os resultados finais.

Como é feito o procedimento?

O enxerto ósseo é um procedimento realizado em ambiente clínico esterilizado, seguindo rigorosos protocolos de segurança e assepsia. É efetuado sob anestesia local, garantindo que o paciente não sinta qualquer dor durante a intervenção. Em casos de maior complexidade ou para pacientes com ansiedade elevada, pode ser utilizada sedação consciente, proporcionando um estado de relaxamento profundo.

Existem dois protocolos principais de enxertia:

Enxerto simultâneo: Realizado no mesmo momento da colocação do implante dentário. Esta abordagem é possível quando existe osso residual suficiente para proporcionar estabilidade primária ao implante, mas não em quantidade ou qualidade ideal. O enxerto complementa e reforça a estrutura óssea ao redor do implante. Esta técnica reduz o número de cirurgias e o tempo total de tratamento, sendo cada vez mais frequente graças aos avanços tecnológicos e aos novos materiais de enxerto.

Enxerto em estágio único (prévio): Indicado quando a perda óssea é mais severa e não existe estrutura suficiente para suportar um implante imediatamente. Nestes casos, o enxerto é realizado primeiro para regenerar o osso. Após um período de cicatrização e integração óssea de 4 a 6 meses, numa segunda fase cirúrgica, são então colocados os implantes dentários na base óssea já regenerada e consolidada.

Durante o procedimento, o médico dentista acede à área através de uma pequena incisão na gengiva, prepara o leito ósseo receptor, aplica o material de enxerto escolhido e, frequentemente, utiliza membranas biológicas de colagénio para cobrir e proteger o enxerto, promovendo uma cicatrização mais eficaz e previsível. Estas membranas funcionam como barreiras que impedem o crescimento de tecido mole (gengiva) dentro da área enxertada, permitindo que apenas células ósseas colonizem o espaço.

Após a aplicação do material de enxerto, inicia-se um fascinante processo de cicatrização natural — a osteointegração — onde o organismo gradualmente substitui o material enxertado por osso novo e vivo. Este processo biológico pode durar entre 4 a 6 meses, dependendo da extensão do enxerto, do tipo de material utilizado, da área anatómica tratada e das características individuais de cicatrização de cada paciente. Fatores como idade, saúde geral, hábitos tabágicos e higiene oral influenciam diretamente a velocidade e qualidade da regeneração óssea.

Benefícios do Enxerto Ósseo

Os benefícios da enxertia óssea vão muito além da simples possibilidade de colocar implantes. Este procedimento proporciona vantagens significativas e duradouras:

  • ✔️ Melhora a estabilidade e longevidade dos implantes – Cria a base óssea ideal para a fixação segura e permanente do implante dentário. Um implante colocado em osso regenerado de qualidade tem taxas de sucesso superiores a 95%, comparáveis aos implantes colocados em osso natural abundante. A quantidade adequada de osso ao redor do implante garante distribuição equilibrada das forças mastigatórias e previne complicações futuras como mobilidade ou perda do implante.
  • ✔️ Preserva e restaura a estética facial – Evita o colapso progressivo da gengiva e da estrutura óssea facial, mantendo o contorno natural e harmonioso do rosto. A perda óssea não tratada resulta em alterações estéticas significativas: lábios finos, bochechas encovadas, diminuição da altura facial e aparência envelhecida prematura. O enxerto ósseo não só previne estas alterações como pode, em muitos casos, reverter parte dos danos já existentes, proporcionando um rejuvenescimento facial natural.
  • ✔️ Procedimento seguro, testado e previsível – Com técnicas cirúrgicas modernas, instrumentação especializada e biomateriais de última geração certificados, os riscos são mínimos e perfeitamente controlados. A taxa de sucesso dos enxertos ósseos situa-se entre 90-95%, dependendo do tipo de enxerto e da área tratada. Milhões de procedimentos são realizados anualmente em todo o mundo com resultados consistentes e previsíveis.
  • ✔️ Permite resultados funcionais e estéticos duradouros – A integração óssea é sólida e permanente, garantindo não apenas conforto imediato, mas estabilidade e funcionalidade a longo prazo. Os implantes suportados por osso enxertado comportam-se exatamente como os dentes naturais, permitindo mastigar todos os tipos de alimentos sem restrições, falar com clareza e sorrir com confiança total.
  • ✔️ Evita procedimentos mais invasivos no futuro – Ao regenerar o osso atempadamente, previne-se a necessidade de cirurgias mais complexas e extensas que seriam necessárias caso a perda óssea continuasse a progredir sem tratamento.
  • ✔️ Melhora significativamente a qualidade de vida – Pacientes com implantes suportados por enxertos ósseos reportam melhorias dramáticas na capacidade de mastigação, digestão, nutrição, autoestima e integração social. A capacidade de comer, rir e falar sem preocupações tem um impacto psicológico profundamente positivo.

Cuidados Pós-Operatórios

O sucesso do enxerto ósseo depende em grande parte dos cuidados no período de cicatrização. Após o procedimento, o paciente recebe instruções detalhadas e personalizadas do médico dentista, que devem ser seguidas rigorosamente. Os cuidados pós-operatórios típicos incluem:

  • Repouso adequado nas primeiras 48-72 horas: Evitar esforços físicos intensos, exercício, levantar pesos ou atividades que aumentem a pressão sanguínea. O repouso permite que o coágulo sanguíneo se forme adequadamente e que o processo de cicatrização se inicie sem complicações. Recomenda-se manter a cabeça elevada, mesmo ao dormir, para reduzir o inchaço.
  • Gestão do edema (inchaço): Aplicar compressas frias ou gelo envolto em pano fino na região externa da face durante os primeiros 2-3 dias, em intervalos de 15-20 minutos. Este procedimento simples reduz significativamente o inchaço e o desconforto pós-operatório. Após 72 horas, se houver indicação, pode-se alternar para compressas mornas para facilitar a circulação e acelerar a cicatrização.
  • Medicação prescrita: Seguir rigorosamente o protocolo medicamentoso estabelecido, que normalmente inclui anti-inflamatórios, analgésicos e, quando indicado, antibióticos profiláticos. Não interromper a medicação antes do período prescrito, mesmo que os sintomas melhorem. Evitar aspirina e outros anticoagulantes não prescritos que possam aumentar o risco de hemorragia.
  • Restrições alimentares temporárias: Nos primeiros dias, privilegiar uma dieta macia, fria ou morna, evitando alimentos duros, crocantes ou que exijam mastigação intensa. Preferir sopas, purés, iogurtes, batidos proteicos e alimentos pastosos. Evitar mastigar na área operada durante pelo menos 2 semanas. Manter-se bem hidratado, mas evitar usar palhinhas, pois a sucção pode deslocar o coágulo.
  • Eliminação total de tabaco e álcool: Evitar rigorosamente fumar e consumir bebidas alcoólicas durante todo o período de cicatrização (idealmente 4-6 semanas mínimo). O tabaco é o fator de risco mais significativo para falha de enxertos ósseos, pois compromete gravemente a circulação sanguínea, reduz a oxigenação dos tecidos e interfere com os processos de regeneração óssea. O álcool também prejudica a cicatrização e pode interagir negativamente com medicamentos.
  • Higiene oral meticulosa mas cuidadosa: Manter uma excelente higiene oral é crucial para prevenir infeções, mas deve-se evitar escovar diretamente a área enxertada durante a primeira semana. Utilizar um elixir oral antibacteriano suave (clorohexidina 0,12%) prescrito pelo dentista, fazendo bochechos gentis sem força. Após a primeira semana, pode-se começar a escovar a área com uma escova ultra-macia e movimentos muito suaves. A higiene do resto da boca deve ser mantida normalmente.
  • Consultas de controlo obrigatórias: Comparecer pontualmente a todas as consultas de seguimento indicadas pelo médico dentista. Estas consultas permitem monitorizar o processo de cicatrização, remover suturas no momento adequado (geralmente 10-14 dias), identificar precocemente qualquer complicação e ajustar o plano de tratamento se necessário. Não faltar a estas consultas, pois são essenciais para o sucesso final.
  • Sinais de alerta: Contactar imediatamente a clínica se surgir febre persistente acima de 38°C, dor intensa não controlada com a medicação prescrita, inchaço que piora após o terceiro dia, sangramento abundante, sabor ou odor desagradável persistente, ou qualquer outro sintoma preocupante.

A colaboração ativa do paciente no período pós-operatório é determinante. Pacientes que seguem rigorosamente as recomendações apresentam taxas de sucesso significativamente superiores e recuperação mais rápida e confortável.

Perguntas Frequentes

1. O enxerto ósseo dói?

Não. O procedimento de enxerto ósseo é realizado sob anestesia local eficaz e, quando clinicamente indicado ou solicitado pelo paciente, pode ser complementado com sedação consciente para maior conforto e relaxamento. Durante toda a cirurgia, o paciente não sente dor, apenas pode perceber alguma pressão ou movimento na área tratada.

Após a cirurgia, quando o efeito da anestesia termina, é normal haver um certo grau de desconforto ou sensibilidade na região operada. No entanto, esta sensação é facilmente controlada com a medicação analgésica e anti-inflamatória prescrita pelo médico dentista. A maioria dos pacientes descreve o desconforto pós-operatório como leve a moderado, sendo perfeitamente tolerável. O desconforto tende a diminuir progressivamente após os primeiros 2-3 dias.

É importante seguir à risca as instruções de medicação e cuidados pós-operatórios para minimizar qualquer desconforto e garantir uma recuperação rápida e tranquila.

2. Todos os pacientes precisam de enxerto antes dos implantes?

Não, definitivamente. O enxerto ósseo não é um procedimento universal ou obrigatório para todos os pacientes que desejam colocar implantes dentários. Muitos pacientes possuem volume e densidade óssea natural suficiente para suportar implantes sem necessidade de qualquer enxertia prévia ou simultânea.

O enxerto ósseo só é necessário quando existe uma deficiência quantitativa ou qualitativa do osso maxilar ou mandibular. Esta situação pode ocorrer por diversos motivos: perda dentária antiga sem reabilitação, doença periodontal severa, traumatismos faciais, infeções crónicas, anatomia desfavorável (seios maxilares pneumatizados, nervo mandibular próximo), ou reabsorção fisiológica relacionada com a idade.

A necessidade de enxerto é determinada através de uma avaliação clínica completa e, sobretudo, através da análise de imagens de tomografia computorizada 3D (CBCT). Este exame permite medir com precisão milimétrica a altura, largura e densidade do osso disponível, comparando estes valores com os requisitos mínimos para a colocação segura de implantes. Se o osso disponível for suficiente, o implante pode ser colocado imediatamente sem necessidade de enxerto.

A decisão é sempre personalizada e baseada em critérios objetivos e científicos, nunca arbitrária.

3. Quanto tempo demora até poder colocar o implante?

O tempo necessário varia de acordo com diversos fatores clínicos e depende fundamentalmente do tipo de protocolo adotado e da capacidade de regeneração óssea de cada paciente.

Enxerto simultâneo com implante: Quando as condições clínicas permitem, o enxerto e o implante são colocados no mesmo ato cirúrgico. Neste caso, não há espera adicional — o período de osteointegração do implante (geralmente 3-6 meses dependendo da área) corresponde também ao período de integração do enxerto. Este é o cenário ideal, pois reduz o número de cirurgias e o tempo total de tratamento.

Enxerto prévio: Quando a perda óssea é mais significativa e não permite a colocação simultânea de implantes, o enxerto é realizado primeiro. O período de espera para a regeneração óssea completa situa-se, em média, entre 4 a 6 meses. Este tempo é necessário para que o material de enxerto seja gradualmente substituído por osso novo e maduro, capaz de suportar as cargas mastigatórias transmitidas pelos implantes.

Fatores que influenciam o tempo de regeneração incluem: tipo de material de enxerto utilizado (autólogo tende a integrar mais rapidamente), dimensão do defeito ósseo, localização anatómica (mandíbula geralmente mais rápida que maxila), idade do paciente, estado de saúde geral, hábitos como tabagismo, e qualidade da higiene oral mantida durante o período de cicatrização.

Em alguns casos específicos, com o uso de enxertos autólogos particulados e técnicas avançadas, pode ser possível reduzir este período para 3-4 meses. Por outro lado, enxertos de maior complexidade ou em pacientes com fatores de risco podem requerer 6-8 meses para consolidação completa.

O médico dentista monitorizará cuidadosamente a evolução através de consultas de controlo e, quando necessário, exames radiográficos, garantindo que o implante só é colocado quando o osso está completamente preparado e maduro.

4. Existe risco de rejeição do enxerto?

A rejeição no sentido imunológico clássico é extremamente rara com os materiais de enxerto modernos. Os xenoenxertos e biomateriais sintéticos são processados para serem bioinertes e não provocarem resposta imunológica. Os enxertos autólogos, sendo do próprio paciente, não apresentam risco de rejeição. O que pode ocasionalmente ocorrer é falha na integração do enxerto por fatores como infeção, trauma na área, tabagismo intenso ou higiene inadequada, mas estas situações são pouco frequentes com os protocolos atuais.

5. Posso fazer enxerto ósseo se tiver doenças crónicas como diabetes ou osteoporose?

Sim, na maioria dos casos. Doenças crónicas controladas não constituem contraindicação absoluta para enxertos ósseos. Diabetes bem controlada, osteoporose medicada, hipertensão estabilizada, entre outras condições, permitem a realização segura do procedimento. No entanto, é essencial informar detalhadamente o médico dentista sobre todas as condições de saúde e medicações. Em alguns casos, pode ser necessária uma avaliação mais aprofundada, ajustes na medicação em coordenação com o médico assistente, ou protocolos cirúrgicos adaptados. A comunicação transparente entre paciente, dentista e médico é fundamental para otimizar a segurança e os resultados.

6. Quanto custa um enxerto ósseo?

O custo de um enxerto ósseo varia consideravelmente dependendo de múltiplos fatores: extensão da área a enxertar, tipo de material utilizado, complexidade do caso clínico, necessidade de membranas ou biomateriais adicionais, e localização geográfica da clínica. É um investimento que deve ser considerado não apenas pelo valor imediato, mas pela qualidade de vida e durabilidade dos resultados que proporciona.

Na amo.CLINICS, oferecemos uma avaliação inicial completa onde apresentamos um plano de tratamento detalhado e transparente, com todos os custos claramente explicados. Trabalhamos também com soluções de financiamento que podem facilitar o acesso ao tratamento. O importante é compreender que o enxerto ósseo é um investimento na sua saúde oral a longo prazo, prevenindo complicações futuras e garantindo o sucesso duradouro dos implantes.

7. Posso fazer enxerto e implante ao mesmo tempo?

Em muitos casos, sim! A possibilidade de realizar o enxerto ósseo e colocar o implante dentário no mesmo ato cirúrgico depende essencialmente da quantidade de osso residual disponível. Se existir osso suficiente para proporcionar estabilidade primária ao implante (geralmente pelo menos 3-4 mm de altura e largura), mas insuficiente para garantir cobertura óssea ideal ao redor de toda a sua superfície, o enxerto pode ser feito simultaneamente.

Esta abordagem apresenta várias vantagens significativas: reduz o número total de cirurgias de duas para uma, diminui o tempo global de tratamento em vários meses, minimiza o desconforto total do paciente, e reduz os custos associados. Tecnologias modernas como o planeamento digital 3D e implantes com superfícies bioativas avançadas têm expandido consideravelmente as possibilidades de enxertia e implantação simultâneas, mesmo em casos que anteriormente requeririam duas fases separadas.

No entanto, quando a perda óssea é mais severa e não existe estrutura suficiente para estabilizar o implante, é necessário realizar primeiro o enxerto, aguardar a regeneração óssea completa (4-6 meses), e só então proceder à colocação dos implantes numa segunda fase. O médico dentista avaliará cuidadosamente qual a abordagem mais segura e previsível para o seu caso específico.

8. O enxerto ósseo tem garantia de sucesso?

Embora nenhum procedimento médico ou dentário possa oferecer garantia absoluta de 100%, os enxertos ósseos dentários apresentam taxas de sucesso muito elevadas, situando-se consistentemente entre 90-95% quando realizados por profissionais experientes e com protocolos adequados. Estas taxas são sustentadas por décadas de investigação científica e milhões de procedimentos realizados com sucesso em todo o mundo.

O sucesso do enxerto depende de uma combinação de fatores: técnica cirúrgica adequada, escolha apropriada do material de enxerto, planeamento cuidadoso baseado em exames de imagem precisos, condições de saúde geral do paciente, e — muito importante — colaboração ativa do paciente no cumprimento rigoroso dos cuidados pós-operatórios e eliminação de fatores de risco como o tabaco.

Na amo.CLINICS, utilizamos protocolos cirúrgicos baseados em evidência científica, materiais de enxerto de última geração certificados internacionalmente, e tecnologia de diagnóstico e planeamento 3D avançada. A nossa equipa mantém formação contínua e segue as melhores práticas internacionais, maximizando assim as probabilidades de sucesso em cada caso tratado.

Conclusão

O enxerto ósseo representa muito mais do que um simples procedimento preparatório — é um passo fundamental e frequentemente decisivo para o sucesso a longo prazo dos implantes dentários em pacientes com perda óssea significativa. Graças aos avanços extraordinários da medicina dentária moderna, aos biomateriais de nova geração cada vez mais sofisticados, e à experiência clínica consolidada da equipa amo.CLINICS, este procedimento tornou-se seguro, previsível, confortável e oferece resultados clinicamente comprovados e duradouros.

A perda óssea não precisa ser um obstáculo intransponível para recuperar o seu sorriso. Com as técnicas de enxertia óssea disponíveis atualmente, é possível reconstruir praticamente qualquer estrutura óssea perdida, criando as condições ideais para implantes dentários estáveis, funcionais e esteticamente impecáveis.

O nosso compromisso na amo.CLINICS vai além da técnica cirúrgica. Acompanhamos cada paciente de forma personalizada em todas as fases do tratamento, desde a primeira consulta de avaliação até aos controlos pós-operatórios de longo prazo. Procuramos não apenas tratar, mas educar, tranquilizar e capacitar cada pessoa a tomar decisões informadas sobre a sua saúde oral.

O objetivo final é devolver-lhe muito mais do que dentes: é restaurar a capacidade de mastigar todos os alimentos que aprecia, de sorrir sem constrangimento, de falar com clareza e naturalidade, e de viver com a confiança e a autoestima que um sorriso saudável proporciona. Queremos devolver-lhe um sorriso fixo, funcional, natural e confiante — com a estabilidade, o conforto e a durabilidade que você merece e que a tecnologia moderna pode oferecer.

A reabilitação oral com implantes suportados por enxertos ósseos não é apenas um tratamento dentário — é um investimento na sua qualidade de vida, na sua saúde geral, nas suas relações sociais e no seu bem-estar emocional. É a oportunidade de recuperar algo precioso que foi perdido e de voltar a viver plenamente, sem limitações nem preocupações.

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Na primeira consulta, realizaremos um exame clínico detalhado, análise do seu histórico médico e dentário, e, quando necessário, exames complementares de diagnóstico incluindo tomografia 3D. Com base nesta avaliação abrangente, apresentaremos um plano de tratamento claro, transparente e adaptado às suas necessidades, objetivos e condições particulares.

A nossa equipa está preparada para esclarecer todas as suas dúvidas, apresentar opções de tratamento, discutir prazos realistas, e proporcionar-lhe toda a informação necessária para que tome uma decisão informada e confiante sobre o seu tratamento.

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