A pericoronarite é uma inflamação que afeta a gengiva ao redor de um dente parcialmente erupcionado, geralmente o dente do siso (terceiro molar). Esta condição pode causar dor intensa, inchaço e até infecções mais graves se não for tratada corretamente. A pericoronarite é particularmente comum em adultos jovens, entre 20 e 30 anos, justamente quando os dentes do siso estão em processo de erupção. Continue a leitura e descubra como identificar, prevenir e tratar este problema dental que afeta milhares de pessoas todos os anos.
Causas da Pericoronarite
A pericoronarite ocorre quando bactérias e restos de alimentos ficam presos sob o retalho de gengiva (capuz gengival) que cobre parcialmente um dente em erupção. Este retalho cria um ambiente perfeito para a proliferação bacteriana, pois é difícil de limpar e mantém uma área úmida e protegida. Os principais fatores que podem desencadear esta inflamação incluem:
- Má higiene oral – A dificuldade em limpar corretamente a área ao redor do dente parcialmente erupcionado pode levar ao acúmulo de placa bacteriana e restos alimentares. Mesmo com uma escovação regular, esta área pode ser particularmente difícil de alcançar.
- Dente do siso parcialmente erupcionado – Quando o dente não nasce completamente, cria-se um espaço entre a gengiva e a coroa do dente onde bactérias podem proliferar. Os dentes do siso são especialmente propensos a erupcionarem parcialmente devido à falta de espaço na arcada dentária.
- Traumas locais – Mordidas acidentais ou impacto na gengiva podem causar irritação e inflamação. O trauma pode vir de alimentos duros, do dente oposto ou até mesmo de uma escova de dentes muito rígida.
- Baixa imunidade – Doenças sistemáticas, períodos de estresse intenso ou uso de medicamentos imunossupressores podem tornar o corpo mais vulnerável a infecções orais, incluindo a pericoronarite.
- Impactação do dente – Quando o dente do siso está posicionado em um ângulo que impede sua erupção normal, aumenta-se o risco de pericoronarite devido à dificuldade de limpeza e maior acúmulo de detritos.
Sintomas da Pericoronarite
Os sintomas da pericoronarite variam de leves a graves, dependendo do grau de inflamação e infecção. É importante reconhecê-los precocemente para buscar tratamento adequado. Os sintomas mais comuns incluem:
- Dor na gengiva – Especialmente na região do dente afetado, podendo irradiar para o ouvido, garganta ou assoalho da boca. A dor pode ser pulsante e aumentar durante a mastigação ou ao tocar a área.
- Inchaço e vermelhidão – A gengiva ao redor do dente afetado apresenta-se inchada, vermelha e, por vezes, com aspecto brilhante, indicando claramente a inflamação local.
- Dificuldade para mastigar – A dor pode piorar ao movimentar a mandíbula, causando limitação na abertura bucal (trismo) e dificuldade na alimentação.
- Mau hálito – Devido à proliferação bacteriana na área inflamada, o hálito pode tornar-se desagradável e persistente, mesmo após a escovação.
- Gosto desagradável na boca – Indício de secreção de pus na região afetada, que pode ocorrer espontaneamente ou quando a área é pressionada.
- Febre e mal-estar – Quando a infecção se espalha e torna-se mais grave, pode afetar o estado geral de saúde, causando febre, fadiga e mal-estar generalizado.
- Linfonodos aumentados – Os gânglios linfáticos na região do pescoço podem ficar aumentados e doloridos, indicando que o sistema imunológico está combatendo a infecção.
- Dificuldade para engolir – Em casos mais graves, quando a infecção se espalha para tecidos próximos, pode haver dificuldade na deglutição.
Diagnóstico e Tratamento
Diagnóstico
O diagnóstico da pericoronarite é realizado através de um exame clínico minucioso pelo dentista, que avaliará:
- Inspeção visual – O profissional observará sinais de inflamação, presença de pus, e o grau de erupção do dente.
- Palpação – Para verificar inchaço, dor à manipulação e possível drenagem de secreção.
- Radiografia – Exames como radiografias panorâmicas ou periapicais são frequentemente solicitados para avaliar a posição do dente, verificar se há impactação e analisar a extensão da inflamação nos tecidos adjacentes.
- Avaliação de sintomas sistêmicos – O dentista verificará presença de febre, linfonodos aumentados e outros sinais que possam indicar a gravidade da infecção.
Tratamento
O tratamento da pericoronarite depende da gravidade do caso e pode incluir uma combinação de abordagens:
- Higienização profissional – Remoção cuidadosa de resíduos e bactérias na área afetada, realizada pelo dentista com instrumentos específicos. Pode incluir a irrigação da área com soluções antissépticas para eliminar bactérias.
- Uso de antissépticos bucais – Enxaguantes com clorexidina (0,12% ou 0,2%) são frequentemente recomendados para controlar a infecção e reduzir a carga bacteriana. Devem ser utilizados após a escovação, duas vezes ao dia, por pelo menos uma semana.
- Antibióticos – Indicados nos casos mais graves para conter a infecção, especialmente quando há sinais sistêmicos como febre ou linfonodos aumentados. Amoxicilina, amoxicilina com ácido clavulânico ou metronidazol são opções comumente prescritas.
- Analgésicos e anti-inflamatórios – Para aliviar dor e inchaço, medicamentos como ibuprofeno ou paracetamol podem ser recomendados. Em casos mais severos, analgésicos mais potentes podem ser necessários.
- Operculectomia – Procedimento cirúrgico para remover o retalho de gengiva (opérculo) que cobre parcialmente o dente, eliminando o espaço onde as bactérias se acumulam. É indicado em casos recorrentes quando a extração do dente não é imediatamente necessária.
- Extração do dente do siso – Se o problema for recorrente ou o dente estiver em posição desfavorável, a remoção do dente pode ser recomendada. A extração geralmente é realizada após a resolução da fase aguda da inflamação.
- Aplicação de compressas mornas – Como medida de alívio em casa, compressas mornas podem ser aplicadas na região externa da face, próxima à área afetada, para aliviar a dor e estimular a circulação.
Complicações Possíveis
Se não tratada adequadamente, a pericoronarite pode evoluir para complicações mais sérias:
- Abscesso – Acúmulo de pus que pode se espalhar para espaços faciais adjacentes.
- Celulite facial – Infecção que se espalha pelos tecidos moles da face e pescoço.
- Osteomielite – Infecção que atinge o tecido ósseo da mandíbula.
- Angina de Ludwig – Infecção grave que afeta o assoalho da boca e pode comprometer as vias aéreas, exigindo intervenção médica imediata.
- Trismo severo – Limitação extrema da abertura bucal, dificultando a alimentação e higiene oral.
Perguntas Frequentes (FAQs)
1. A pericoronarite pode desaparecer sozinha?
Em casos leves, a inflamação pode reduzir com boa higiene oral, enxaguantes antissépticos e cuidados caseiros. No entanto, se houver infecção estabelecida, um tratamento odontológico será necessário. Nunca ignore sintomas persistentes, pois a condição pode piorar rapidamente.
2. Como posso prevenir a pericoronarite?
Manter uma boa higiene oral é fundamental. Isso inclue escovação cuidadosa após as refeições, prestando atenção especial à área dos dentes do siso, uso do fio dental diariamente, utilização de escovas interdentais ou irrigadores orais para áreas de difícil acesso, visitas regulares ao dentista para avaliações preventivas e limpezas profissionais, e evitar alimentos que possam ficar presos na área ao redor do dente parcialmente erupcionado.
3. A extração do siso é sempre necessária?
Não necessariamente. Se o dente não causar problemas recorrentes e houver espaço suficiente na arcada dentária para sua erupção completa, a extração pode não ser necessária. No entanto, em muitos casos, os dentes do siso têm tendência a causar problemas devido à falta de espaço, e a extração preventiva pode ser recomendada para evitar complicações futuras.
4. Quanto tempo dura o tratamento da pericoronarite?
O alívio dos sintomas agudos geralmente ocorre em 2-3 dias após o início do tratamento adequado. A resolução completa pode levar de 7 a 10 dias, dependendo da gravidade do caso. O acompanhamento com o dentista é importante para garantir a recuperação total.
5. Posso usar remédios caseiros para aliviar os sintomas?
Algumas medidas caseiras podem ajudar a aliviar os sintomas temporariamente, como bochechos com água morna e sal (1 colher de chá de sal em um copo de água morna), compressas mornas na região externa da face, evitar alimentos muito quentes, frios, picantes ou duros, e manter uma boa hidratação. No entanto, estas medidas não substituem o tratamento profissional e devem ser utilizadas apenas como complemento.
Conclusão
A pericoronarite pode ser extremamente dolorosa e incômoda, afetando significativamente a qualidade de vida. Com um diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível evitar complicações mais sérias e alcançar uma recuperação completa. Lembre-se que a prevenção, através de uma higiene oral rigorosa e visitas regulares ao dentista, continua sendo a melhor estratégia para manter a saúde bucal.
Se você identificar sintomas persistentes como dor, inchaço ou mau hálito na região dos dentes do siso, não hesite em consultar um dentista o quanto antes. A avaliação profissional é essencial para determinar o tratamento mais adequado e proteger sua saúde oral e geral.
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